quinta-feira, 28 de maio de 2009

Contra todos os males



Perguntaram-me um dia qual o melhor "remédio" para os "males da sociedade, em especial a fome".
Pensei um pouco, afinal, a sociedade de hoje está completamente "doente". E os males são muitos, como: Fome; violência; drogas; desigualdade social; desperdício,... Enfim, a sociedade está em "coma!" Mas depois de refletir bem cheguei a uma conclusão:

Certamente o melhor "remédio" para todos os males da sociedade seria a EDUCAÇÃO, pois a EDUCAÇÃO, é a a base para todas as conquistas. Somente o poder do "saber" tem força suficiente para mudar o destino de uma nação, mesmo que uma nação prepotente. A baixa qualidade do sistema educacional leva a desvalorização da cultura, a intimidação do intelecto, ao "privamento" das leis, a desordem social, ao desperdício, a miséria e ao caos. Em países subdesenvolvidos como o Brasil, isso se torna cada vez mais real, basta observar cidades como Rio e São Paulo, por exemplo, que estão a beira de um colapso. A falta de conhecimento reprime o povo, que sem saída para os problemas sociais, passam a agir de maneira cada vez mais desordenada, o que gera mais desordem, violência, anarquia, e muitos outros distúrbios sociais. Uma sociedade sem "EDUCAÇÃO", ainda que farta de alimentos , não será capaz de extinguir ou se quer reduzir a fome , a miséria ou qualquer que seja o problema social.


(Carlos Rocha)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Coisas de Criança



Dia desses ia saindo de meu trabalho e me deparei com um pipoqueiro e seu carrinho de pipoca. Os estouros das pipocas e aquele aroma maravilhoso (de gordura por sinal), fizeram me lembrar do tempo em que eu corria descalço pelas ruas de uma pequena e aconchegante cidadezinha. Lembrei-me das tantas "peladas", disputadas com os amigos, alí mesmo, no meio da rua, com traves improvisadas com "chinelos". Lembrei me dos tempos de escola e os colegas que percorreram por algum tempo comigo aquele mesmo caminho, professores que hoje, creio eu, já nem leccionam mais, uma escola que para mim, naquela época, era mais um parque de diversões, onde o aprendizado era apenas consequência de um dia de brincadeiras. Lembrei me das tantas batalhas que travei contra monstros que só eu podia derrotar em minha mente, um tanto quanto, "psicótica", batalhas intergalácticas, missões impossíveis, viagens submarinas. E lembrei-me então de velhos amigos, quais talvez nunca mais voltarei a encontrar em minha breve jornada pela vida. Mas o mais interessante é pensar que quando criança a gente torce para que o tempo passe logo, imaginando que nos tornaremos adultos e que com isso nos tornaremos, também, super-heróis e que o mundo continuará sendo um grande parque de diversões. E então a gente torce. E quando enfim a mágica acontece e não precisamos mais torcer, descobrimos que aquele parque de diversões que imaginávamos ser o mundo, nunca mais será igual. Descobrimos novos caminhos, encontramos novos desafios, descobrimos novas fontes de alegria e de prazer, encaramos novas aventuras. Mas jamais tornaremos a ser felizes como éramos antes, jamais teremos novamente aquele sorriso bobo na face e a inocente alegria de criança, alegria de estar vivo, de simplesmente estar vivo, sem ter que se preocupar com o dia de amanhã, a alegria de viver apenas um dia de cada vez, com a certeza de que: "O mundo nos pertence!" Pipocas estouram. Sinto agora o aroma da saudade. Saudade de um tempo que não volta mais. Saudade daquela rua que tantas vezes serviu de palco para nossas aventuras. Saudade daquela velha escola de turmas agitadas e "professores-mestres". Saudade de amigos que se perderam no tempo. Pipocas estouram. Sinto o aroma da saudade. Pipocas estouram, mas agora já se foi o tempo de criança. Somos adultos, a grande mágica aconteceu, não precisamos mais torcer. E agora a gente torce. E torce para que o tempo volte e que nos torne crianças mais uma vez. E a gente torce. E torce!
(Carlos Rocha)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Fugindo de mim mesmo




Eu olho para o passado e vejo o meu futuro se distorcer em meio as tempestades. Eu corro sem deixar rastros. Eu temo minha própria sombra. E quando olho no espelho, vejo-me fugindo de mim mesmo. No meu coração pulsa a incerteza de uma vida que nunca vivi. E nas minha lembranças pairam os sonhos que um dia sonhei e que agora se apodrecem em um canto vazio de minha alma. Nunca me permiti ser o que realmente sou, julguei-me inútil e calei-me diante da vida. Fugi sem nem ao menos tentar mostrar ao mundo o que realmente sou capaz. Fiz de minha caminhada uma marcha fúnebre por um caminho íngreme, onde eu celebrava sozinho meu próprio funeral. Passei despercebido pela vida e não percebi que a vida também passava despercebida por mim. Sofri mais do que poderia suportar, mas não porque a vida me impôs o sofrimento e sim porque não tive coragem de lutar pela felicidade. Chorei quando deveria rir, calei quando deveria falar, parei quando deveria prosseguir e me odiei quando deveria me amar.

Eu olho para o passado e vejo o meu futuro se distorcer em meio as tempestades. Eu corro sem deixar rastros. Eu temo minha própria sombra. E quando olho no espelho, vejo-me...

... fugindo de mim mesmo!


(Carlos Rocha)

sábado, 23 de maio de 2009

PALMAS PARA PALMAS



Palmas para esse povo de Palmas
Palmas Palmas!
Palmas pra essa terra de palmas
Palmas para Palmas
Lindas palmas ao entardecer em Palmas
E ao amanhecer girassóis entorno de Palmas
Gira o sol sobre Palmas
Girassóis no centro de Palmas
E das águas do Prata surge a vista Graciosa
Palmas Palmas!
Do cerrado que cerra a serra do Carmo
Vejo as palmas de Palmas
E bato palmas à Palmas
Palmas Palmas!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Meu ouvido não é penico



Caros amigos, leitores, esse não é um texto comum de meu blog, mas não poderia deixar de postar aqui o que aconteceu hoje. Pois nesse momento sinto me extremamente chateado e ,um tanto quanto, indignado com tudo que ouvi.

Tudo se passou em ponto de ônibus, onde passei mais ou menos uma hora e meia esperando um ônibus o qual nem cheguei a pegar, pois a paciência se esgotou antes que ele chegasse. Mas durante esse tempo vi juntar um pequeno grupo de pessoas que também aguardavam o mesmo ônibus e que começaram a discutir o sobre a demora do ônibus, os problemas da cidade, até que englobaram ao assunto toda uma visão "revoltosa" do Brasil e seus muitos problemas.

Falavam da corrupção, dos maus políticos do Brasil, dos escândalos do senado, enfim. Um dos cidadãos alí presente, que se mostrava o mais empolgado com a discussão, começou, então, o seu discurso:

"O grande problema do Brasil, não são apenas os políticos corruptos, mas também o povo.-dizia ele- Eu nunca vi um povo tão medroso e desunidos como os brasileiros."

Será de que país ele é?

(...)"Na hora de fazer bobagem, de roubar, de matar, o povo faz, mas na hora de se armar e enfrentar o governo, isso ninguém tem coragem.-Continuou- Aqui mesmo, é só os 'home' bater o pé e todo mundo dá pra trás."

Os "home", para quem num sabe, é a policia.

(...)"O povo tem que ter coragem pra enfrentar esses corruptos. Tem que fazer igual lá em São Paulo e Rio, que nem os 'home' resolve, pois o povo vai a rua lutar pelos seus direitos e fazem de tudo, colocam fogo em ônibus, colocam os 'home' pra correr. Fazem uma bagunça.- E vendo que os que ouviam gostavam , prosseguiu- Porque no Brasil só tem corrupção, até os 'homi' são corruptos. Eu viajo o Brasil todo e só vejo estradas inacabadas, cheias de buraco, que num dá nem pra andar direito. Dia desses tava alí, na fronteira de 'Minas com o Pará' e os 'homi' tava parando os camioneiros e recebendo propina pra num multar os camiões."

Fronteira de Minas com Pará?

(...)"Aqui tinha que ser igual na Venezuela, que tem um governo firme, que ouve o povo e que num arreda o pé para o Estados Unidos!"


Bom, eu permanecia alí parado, pasmo com o que ouvia, mas, mais pasmo ainda em ver que quem ouvia toda aquela idiotice, apoiava.

Amigos, todos estamos cansados de saber dos problemas do Brasil, estamos de "saco cheio" de tanta corrupção, mas não é através de anarquia, violência, vandalismo, que mudaremos isso. Nunca em minha vida vi falar de algum país que foi para frente através do anarquismo e do vandalismo.

Para começar, não são cidadãos de bem que tacam fogo em ônibus no Rio e em São Paulo, mas bandidos, traficantes, pessoas sem escrúpulos. E quanto a corrupção, elas existe em todo mundo, e segundo o relatório "Barômetro da Corrupção Global 2007"(Berlim).
Esses são os países mais corruptos do mundo:

- Camarões (79%)
- Camboja (72%)
- Albânia (71%)
- Kosovo (67%)
- Macedônia (44%)
- Paquistão (44%)
- Nigéria (40%)
- Senegal (38%)
- Romênia (33%)
- Filipinas (32%)

Fonte: O Globo


E quanto ao governo da Venezuela, não podemos dizer que seja um governo muito "democrático". Na verdade, Hugo Chávez, presidente venezuelano, não passa de um ditador medíocre, uma versão latina de Saddam Hussein.

Ah... E por favor, Minas "NÃO" faz fronteira com o Pará!!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Quando me perco em você


Meus olhos são húmidos como o mar
Minha boca é seca como o deserto
Minha alma queima como o fogo

E meu coração, cansado de tantas guerras
Aguarda silenciosamente a sentença
Não Pulsarás!

Talvez a morte me liberte
Talvez a vida me condene
Talvez eu me perca em meu caminho
E talvez me encontre no seu

Quando me busco
Te encontro
Quando te encontro
Me perco
Quando me perco
Eu vivo

Me pediram para sonhar
Eu sonhei
Me pediram pra acreditar
Eu acreditei

Me pediram pra viver
Eu vivi
Me pediram para amar
Eu amei

Me pediram para entender
Eu tentei
Me pediram para te esquecer
Eu falhei!
(Carlos Rocha)

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O CAMPO E A HORTA



O sangue das batalhas
Escorre pelas valas
Trincheiras
Trincheiras-valas
Covas!

O sangue molha o campo
Campo de batalha
O sangue irriga o solo
Solo fértil
Horta!

O homem planta vida
Vida-morta
E semeia pelo campo
Ódio!

O solo se torna estéril
E nada se colhe da horta
Horta de vida-morta!

E o fogo corta a escuridão
E no céu sem nuvens
O trovão!

E os meninos brincam
E soltam rojões
Meninos-Soldados
Brincando com os seus canhões!

E fogo queima
E queima o inimigo
Mas o fogo é amigo
E queima, amigos e inimigo!
(Carlos Rocha)

terça-feira, 5 de maio de 2009

TEMPO DE DIZER ADEUS



Sem nenhuma pretensão do destino, fomos guiados pelo acaso e levados a nos encontrar em determinado momento de nossas vidas. Por algum tempo caminhamos juntos pela mesma estrada e assim, fizemos juntos uma parte de nossos caminhos. Durante esse tempo dividimos nossas dores e alegrias, lagrimas e sorrisos, medos e desejos. E muito mais do que isto, dividimos nossos sonhos e nossas vidas. E nesse curto período em que atuamos juntos no palco da vida, nos tornamos mais completos, mais fortes, mais sábios e muito mais felizes. Construímos, juntos, uma história, momentos que nunca nos esqueceremos, momentos, quais alguns não duraram mais que frações de segundos, mas que agora se prolongam em nossas memórias, pois o tempo, que mais parece um carrasco, o mesmo tempo que nos uniu, que nos trouxe momentos intermináveis de alegria, o mesmo tempo que tem nos guiado pelas entrelinhas do desconhecido e feito-nos desbravar os mistérios que nos aguarda após cada amanhecer, agora é implacável em nos separar, deixando-nos apenas as lembranças. Somos forçados agora, a tomar caminhos diferentes, a percorrer nossas caminhadas separadamente. É tempo de partir. Tempo de dizer “Adeus!” e de deixar para trás o tempo que não volta mais. E ao sentir as lagrimas que escorrem por nossas faces e transbordam nossas almas, desejemos as elas, que levem junto, toda a dor da separação. E assim, continuaremos nossas caminhadas, não com a tristeza do adeus, mas com a alegria de termos, em algum momento de nossas vidas, cruzado nossos caminhos. E com a esperança de que o tempo, dê tempo ao acaso, para que mais uma vez possamos nos encontrar.
(Carlos Rocha)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

UTOPIA




Nese mundo que vivo
Nessa utopia da vida
Há muitos caminhos a seguir
E muitas escolhas a se fazer
Eu posso ser Deus ou o Diabo
Posso ser um anjo no inferno
Ou um demônio no paraiso

Talvez eu seja alguém
Mas acho que não sou ninguém
Talvez eu seja forte
Mas acho que sou fraco
Talvez eu seja um rei
Mas acredito ser um escravo

Eu posso escolher ir
Mas sei que vou ficar
Eu posso andar pela luz
mas permanecerei nas trevas
Eu posso até escolher
Mas não terei uma escolha

Nesse mundo que vivo
Posso ser tudo
Mas não serei nada
Posso ter tudo
Mas não tere nada
Posso viver de tudo
Mas não viverei de nada

Nessa utopia da vida
Eu sou a resposta certa
Para a pergunta errada
Eu sou a opção certa
Para a escolha errada
A pessoa certa
Para a vida errada

Há muitos caminhos a seguir
E muitas escolhas a se fazer
Mas o caminho que eu seguirei
Não será o caminho certo a percorrer.
(Carlos Rocha)