segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores



Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

(Composição: Geraldo Vandré)

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Metamorfose Ambulante




Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Eu quero dizer
Agora, o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor

Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator

É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou

Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor

Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator

Eu vou lhe dizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo

(Música: Metamorfose Ambulante - Composição: Raul Seixas )

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Berlim




Quando o mal nos cega e um se torna dois... Dividimos nossas vidas... Nossos mundos... Nossos sonhos... E divididos ficamos em partes desiguais... Então perdemos a fé, a esperança e nada nos resta mais...

Erguemos as muralhas do ódio e de ódio nos erguemos. Divididos entre a cobiça e a miséria, feito animais raivosos, selvagens e irracionais, bichos humanos, que “humanos” já não são mais.

Então na escuridão de nosso ser, no silêncio de nossas almas, podemos sentir a dor que dilacera o nosso coração e entristece nosso viver. E divididos gritamos... E nos debatemos, enlouquecidos, alucinados, em busca de um novo amanhecer.

Mas quando homem se une... E transforma o ódio em amor... Dois se torna um... E podemos enfim derrubar as muralhas do horror. E eis que ouviremos gritos e veremos lagrimas, mas já não haverá mais dor... Porque caiu... Caiu... Caiu a muralha do horror...

"Na madrugada do dia 13 de agosto de 1961, Berlim era dividida ao meio por um muro de 4m de altura. E durante 28 anos a estupidez humana se fez notar em forma de concreto, em forma de um muro... “O Muro de Berlim!... Até que em 09 de novembro de 1989 por volta das 22h, uma multidão marchou pelas ruas de Berlim em direção ao muro que foi posto ao chão e uniu mais uma vez o povo daquele país.”

(Carlos Rocha)

sábado, 7 de novembro de 2009

Trágico e Cômico



Trágico e Cômico... É assim o espetáculo nesse magnífico teatro Chamado VIDA... É assim esse maravilhoso teatro... Um dia a gente chora, no outro a gente rir... Tem dia de chegar e dia de partir.

Quando pisamos nesse palco não sabemos o que nos aguarda, nem mesmo sabemos nossas falas. E sem tempo de ensaiar, vamos improvisando, criando aos poucos nossos personagens... E a cada ato uma surpresa... E em cada cena, Sorrisos, lágrimas, dor e alegria se misturam.

E ao longo do tempo o espetáculo acaba para alguns e nos deixa saudades, mas logo as cortinas são abertas para um novo personagem subir ao palco. E a pesar da saudade deixada por aqueles qual a cortinas fecharam, há sempre os que nos ajudam a seguir no palco. E assim, vamos nos apresentando, cada personagem com a sua história, trágica ou cômica...

Alguns passam pelo espetáculo e apresentam apenas o lado trágico, fazem suas apresentações cheias de lagrimas e dor e muitas vezes não suportando os seus papeis, abandonam o espetáculo, esses deixam saudades, dor e duvidas aos que no palco permanece. Outros, porém, apesar de vez ou outra, apresentarem o lado trágico do espetáculo, buscam estar sempre num estado cômico, fazendo assim, que mesmo nos momentos trágicos, nem tudo seja lagrimas. Há também os espectadores, aqueles que por não terem coragem de subir ao palco e se apresentarem, passam pelo teatro apenas como espectadores... Esses certamente não chorarão nem sofrerão como os que se apresentam trágicos, mas também não irão rir e nem se alegrarem como os que se apresentam cômicos. E quando suas cortinas baixarem, terão apenas passado pelo teatro e não ouviram os aplausos.

Trágico e cômico... É assim o espetáculo... É assim o Show da Vida... Nunca sabemos ao certo nossos papeis, nunca sabemos ao certo o que nos aguarda na próxima cena... Qual será o próximo ato?... Quando as cortinas se fecharam para nós? Quem será o próximo a abandonar o espetáculo? Quem irá subir ao palco?...

Trágico e cômico... É assim o espetáculo nesse magnífico teatro Chamado VIDA... E nesse espetáculo, talvez eu não seja quem as pessoas esperem que eu seja. Talvez eu nem seja quem espero ser. Mas sou o que sou... E subo no palco e faço a minha apresentação, seja trágica ou cômica. Não fico apenas como espectador que espera a cortina baixar sem aplausos...

Agora, vejo as lagrimas e os sorrisos. Ouço choros e risos... Ouço canções e gritos... Sofro e me alegro... Enceno, sou trágico, sou cômico... E não me importo quando as cortinas vão baixar, pois sei que ouvirei os aplausos... E é somente isso que irei levar. Somente os aplausos...

Psssiiiuuu... Silêncio... Selênico... As cortinas vão se abrir mais uma vez... Mais um artista subira ao palco... O espetáculo vai começar!

(Carlos Rocha)