quarta-feira, 30 de março de 2011

Por um momento apenas


Obs.: Este texto não é de minha autoria, achei na internet e resolvi postar aqui.

Por um momento 

... Quero um pedacinho de tempo para poder descansar esse peso do mundo que estou sentindo em meus ombros... Um tempo onde não me perguntem nada, nem me peçam nada, apenas me permitam o direito de dar vazão ao pranto que venho engolindo com o café-da-manhã, enquanto visto a máscara de "olhem como sou valente e forte”...
Quero ser a criança que pode chorar livremente até que me ponham no colo, restabelecendo assim, o equilíbrio que necessito para dormir em paz.
Quero me aventurar na busca dos sonhos, sem ter que vê-los pintados com as cores do desânimo, ou coloridos com as cores do impossível... E quero poder brincar com meus sonhos como se fosse massinha de modelar ilusões... Lambuzar neles meus dedos, até decidir quando precisam se desfizer...
Quero ter companheirismo também nas horas em que tudo parece ter se perdido, e encontrar apenas um ombro onde possa repousar meu cansaço, um ombro que seja silêncio e carinho. 
Quero deixar que me invada toda a dor do mundo neste instante, porque ela é minha, real e única, e que como tal seja aceita e compreendida... Mesmo que eu ainda não saiba lidar com ela...
E quero poder dizer: 
- Está doendo sim! 
Sem assustar ninguém, causando uma revolução tão grande que meu mundo pareça ainda mais desabitado. Seria possível?
Daqui a pouco tudo vai parecer diferente e novo, eu sei. Vou secar os olhos e vou à luta outra vez 
e da dor hei de ressurgir mais forte... Porque sou noventa e nove por cento matéria que dificilmente se desintegra.
Então, por favor , por um momento apenas, neste meu pequeno momento humano, neste "por cento" de fragilidade, quero ser igual a todo mundo e chorar.

(Desconheço o autor)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Os anjos também choram


Quando amor se mostra inútil
Os dias se tornam longos
E as noites se tornam frias
Quando tudo está perdido
E as almas se tornam vazias
Quando tudo se torna triste
E nada mais resiste
Quando a fé se mostra ausente
Quando a vida é de solidão
Quando a dor está presente
E o dia é escuridão
Quando a guerra está perdida
E tudo se mostra em vão
Quando é tarde para recomeçar
E já não existe perdão
Quando Deus parece distante
E a duvida se instala no coração
Quando tudo se torna nada
E perdemos nossa razão...

Saiba que os anjos também choram...

(Carlos Rocha)

domingo, 20 de março de 2011

Código da Felicidade



Felicidade! Sim, estamos sempre em busca dessa tal “felicidade”... Passamos nossas vidas, em uma luta constante, uma batalha sem fim, sempre em busca de algo que nos faça feliz, algo que nos complete, algo que preencha o vazio de nossas almas.Buscamos desesperadamente por algo que nos traga a “felicidade”... E assim muitas vezes, fazemos fortunas, construímos castelos magníficos e tentamos encontra-la em todos os “falsos prazeres” que a vida nos permite... Mas ainda assim, insatisfeitos... Estamos cegos de mais para encontrá-la... E o “muito”, se torna “pouco”, e o “tudo”, se torna “nada”.
  
Esperança! Talvez seja o que ainda me mantenha nessa “caça ao tesouro”. ”Esperança”, talvez seja essa força que me mantenha de pé, dia após dia, mesmo que ainda me falte “felicidade”... “Esperança”, o refugio das almas cansadas, o combustível que  nos faz seguir em frente... Sempre em frente... Custe o que custar!

Recordo agora, cada momento de minha vida. Cada “doce”, ou “amargo” momento... E fica claro para mim que, os momentos mais felizes, eu passei ao lado de pessoas especiais e não em meio a fortunas e    castelos. Não obtive felicidade alguma com coisas matérias; alguns momentos de alegria talvez, mas não “felicidade”. Lembro-me de cada instante que passei ao lado de meus amigos, família, e algumas pessoas queridas... Esses sim, foram momentos felizes... Lembro-me também de um dia ter cruzado o caminho com alguém especial, alguém que me fez, de fato, entender que a “felicidade” está não, nas grandes, mas na pequenas coisa, nos pequenos gestos, na ternura de um abraço, na leveza de um beijo, na simplicidade de um olhar...

Não vejo flores em meu caminho, não vejo um mundo perfeito a minha frente. Vi meu castelo desmoronar e minha vida as vezes parece apenas passar por diante de meus olhos... Mas ainda acredito na “felicidade". E ao recordar momentos, sinto muitas vezes um sorriso se formar em meu rosto, sinto muitas vezes a saudade apertar em meu peito, sinto muitas vezes o desejo invadir a minha alma... Mas o tempo não pára, o tempo não volta, o tempo, não nos dá muito tempo...

Assim, vou seguindo em frente, tentando decifrar o “código da felicidade”, tentando encontrar em cada esquina, em cada olhar, em cada gesto, algo que de alguma maneira me faça “feliz”, algo que me traga de volta das lembranças... Lembranças essas que se eternizam em minha alma e de onde nenhuma força jamais apagará.

Não tenho a pretensão de ser mais do que uma simples lembrança na vida daqueles quais cruzei o caminho, mas espero ao menos ser uma lembrança boa, dessas que nos faz sorrir sem perceber... Espero apenas poder, por um minuto ou menos, ter sido o motivo de felicidade de alguém. E espero que, para aquela pessoal que para mim tenha sido tão especial,  eu possa de alguma maneira ser mais do que apenas uma vaga lembrança, mas sim, uma doce lembrança, não tormento constante, mas “esperança”...

Dançando sob a Lua; em noite de serenata, entre ruas e praças, entre becos e muros, entre beijos e abraços, entre pessoas amadas... E entre lembranças e lembranças, vai surgindo a esperança e após cada passo a diante, a certeza de ter enfim decifrado...O ”código da felicidade”... E toda sua complexidade se torna simples como uma palavra, como um gesto, como uma força maior, como um simples
fator. Simplesmente:

AMOR!

(Carlos Rocha)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Senhor; protegei...

Senhor; protegei os meus inimigos, e todos aqueles que me odeiam, dê a eles forças para que continuem a me desafiar. Pois eles são o combustível que me leva a lutar e me superar, dia após dia.
Senhor; protegei aos meus amigos. Pois muitas vezes eles são meus braços e pernas e sem eles, as batalhas seriam em vão.
Senhor; protegei as minhas duvidas. Pois sem elas, minhas certezas seriam incertas.
Senhor; protegei o meu medo. Pois é do medo que nasce a prudência.
Senhor; protegei as minhas decisões. Dei-me maturidade suficiente na hora de minhas escolhas e que meu SIM, seja sempre SIM e que meu NÃO seja sempre NÃO.
Senhor; protegei todos aqueles que me machucaram um dia. Pois muitas vezes não fizeram de propósito e assim q fosse, ao olhar diariamente para essas cicatrizes, eu exercito o perdão.
Senhor; protegei as pessoas que amo. Pois são por elas que vivo, então Senhor, dê a elas vidas longas e felizes, “mesmo a aquelas a que meu amor, talvez, não tenha sido suficiente para as manterem ao meu lado”, pois ainda assim, elas são importantes para mim!
E por fim Senhor; protegei a minha vida. Pois és a Tua maior dádiva e meu único e verdadeiro bem.
Amém!

(Carlos Rocha)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Nem melhor, nem pior, apenas diferente.

Em um tempo distante, eu costumava sonhar...
Eu costumava a ter fé...
Eu costumava a lutar pelos meus sonhos...
Em um tempo distante, eu amei...
E eu lutei por esse amor...
E eu acreditei que eu poderia vencer... Eu acreditei que o amor poderia vencer... Eu acreditei... E eu lutei!
Eu sangrei até a ultima gota... Sim, eu sangrei...
Mas não foi o suficiente.!
A minha crença não foi o bastante, a minha força não era tão grande... E o amor se julgou inútil...

Por muito tempo me senti estranho...
Me senti vazio, me senti só. E talvez seja assim que eu ainda me sinta.
Sim, a solidão invadiu minha alma como uma sombra negra a me engolir.
Muitas vezes olhei para o lado, não vi nada além de escuridão.
Olhei para trás e vi apenas sombras de um passado distante.
Chorei enquanto via meu mundo desabar sob meus pés.
Meu castelo de areia veio a baixo enquanto eu observava tudo, inerte.
A tempestade que me atingiu foi tão devastadora que não me restou nada a que me agarrar.
Dias e noites de escuridão... Dias e noites de solidão!

Por muito tempo me senti estranho...
Me senti vazio, me senti só. E talvez seja assim que eu ainda me sinta...
Mas hoje... Hoje, nada mais importa...
Já não tenho mais lagrimas para chorar...
Já não tenho mais sangue para sangrar...
Já não tenho mais sonhos para sonhar...
Já não tenho mais a quem amar...
Já não tenho mais em que acreditar...
Já não tenho mais ao que me agarrar...
E já não faz diferença...
A dor se tornou minha única companhia...
E o vazio tomou conta da minha existência...

Hoje vou seguindo meu caminho.
Um passo de cada vez.
Devagar...
Sem ter pressa pra partir...
Talvez, por não ter aonde chegar.
Vou levando a vida...
E deixo a vida me levar.
Vou apenas tocando em frente...

Como me sinto?

“Nem melhor, nem pior, apenas diferente.”

(Carlos Rocha)