terça-feira, 31 de março de 2009

Aquele menino





Sou aquele menino fraco
Que tropeça pelos caminhos
Que corre sozinho pelas noites frias
Que cai, se levanta e torna cair

Sou aquele que grita em meio as tempestades
Que sua de frio e treme de calor
Que se contorce de alegria e pula de dor

Sou aquele moleque nervoso
Garoto manhoso
Que briga sem motivos
E depois esquece que brigou

Sou aquele filho desvairado
Meio sério e meio engraçado
Que sabe de onde veio
Mas já se esqueceu aonde ir

Sou aquele amigo insensato
Que dá conselhos
Mas que não sabe se aconselhar

Sou aquele lunático
Que olha para as estrelas
E se perde a imaginar

Aquele menino de sorriso nos lábios
E tristeza no olhar
Que por onde passa deixa um mistério no ar

Sou aquele garoto malvado
Ousado e teimoso
Que ousa à acreditar na vida
E que teima a sonhar

Sou aquele menino bobo
Que paga caro pelos seus erros
Que as vezes pensa para agir
E quase sempre age sem pensar

Aquele que acredita ser forte
E que pode ser melhor
Mas falta forças para melhorar

Aquele sonhador
Que acredita ma força do amor
E na beleza do perdão

Aquele louco
Que dança na chuva
E se emociona com a canção

Sou tão grande quanto meu sonhos me permitem ser
E tão forte quanto minha fé me permite crer

Eu sou apenas...
Aquele menino!

(Carlos Rocha)

domingo, 29 de março de 2009

ESPERA



Esperamos por aquela pessoa
Esperamos por aquele momento
Esperamos por aquele dia
Esperamos por aquela ocasião
Esperamos por aquela oportunidade
Esperamos pela vida
Esperamos pra viver

Esperamos tanto que quando nos damos conta:

Já perdemos aquela pessoa
Já vivemos aquele momento
Já passou aquele dia
Já se foi aquela ocasião
Já perdemos aquela oportunidade
Já acabou a vida
Esquecemos de viver

Esperamos demais!


(Carlos Rocha)

sábado, 28 de março de 2009

Janela da alma

Escrito por: Daniele Alves


Olha pra mim
Vê se vc consegue enxergar
a dor que aperta meu peito
e consome a minha alma

Olha pra mim
Dá pra notar no canto dos meus olhos
uma lágrima que teima em descer
Enquanto eu forte tento segurar?

Olha pra mim
Percebe a angústia que me assola
A agonia que há tanto me incomoda
A ferida que não pára de doer

Olha pra mim
Vc consegue me ver?
Me olhar por dentro?
Me enxergar por inteiro
Me entender?

Olha pra mim
Enxerga o meu coração
A tristeza, o medo da solidão
O pavor que tenho de te perder

e se conseguir a tudo isso enxergar
Outra vez olha pra mim
E me dê um fio de esperança
Dê ao meu coração a confiança
E a certeza de que eu sempre vou te ter!"










sexta-feira, 27 de março de 2009

O Calice da loucura



Ah, Como é bom se embriagar no cálice da loucura
E viver nossos sonhos e sonhar nossa vida
Rir de nossas misérias e chorar de alegria
E morrer de amor e amar sem pudor
Saber perdoar e clamar por perdão
Saber ter amigos e saber ser amigo
Assassinar preconceitos e estrangular os defeitos


Como é bom se libertar das masmorras da normalidade
Cantar e dançar
Pular e Gritar
Não cansar de andar e se cair levantar
Não ter medo na face, nem tristeza no olhar
Lutar e lutar
E perder e vencer
E não perder a esperança, ser uma eterna criança
E apenas viver

Ah, como é bom beber do cálice da loucura!


(Carlos Rocha)

quarta-feira, 25 de março de 2009

Contradições






Há marcas que não se apagam
Há pessoas que não se esquece
Há momentos que permanecem
Há dias longos e noites curtas
Há noites longas e dias curtos
Há sonhos e pesadelos
Há o sempre e o nunca
Há comédias e tragédias
Há verdades e mentiras
Há histórias e estórias
Há guerras e paz
Há o normal e o anormal
Há o bem e o mal
Há tristeza e felicidade
Há o forte e o fraco
Há o justo e o pecador
Há sonhos e realidades
Há ontem e o hoje
Há o agora e o depois
Há o tudo e o nada
Há você e eu
Há o mundo!


A vida é assim, cheio de prós e contras, cheio de surpresa, agradaveis ou não, coisas passageiras e coisas que peramanecem, momentanias ou eternas. É um grande caminho que percorremos a cegas, caindo e levantando, nos arrastando, nos ferindo e nos superando. Dia após dia, noite após noite, seguimos por essa perigosa jornada que nos leva ao desconhecido, nos enche de duvidas e de medo, nos leva ao delirio. Somos todos passageiros desse trem desgovernado,Estamos todos em róta de colisão nessa locomotiva desvairada chamada vida, viajantes sem mapa, sem rumo e sem destino. Sim sem destino, pois há inicios, há meios e reinicios.

O fim... Esse é apenas uma ilusão, mais uma contradição da vida.
(Carlos Rocha)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Amar o próximo como a si mesmo.




"-As religiões ensinam que devemos trabalhar em favor dos outros. Amar o próximo como a si mesmo.



-As Pessoas não amam a si mesmas, como podem amar o próximo? Ainda estão muito longe do amor verdadeiro. O que se ver no mundo é o bem por obrigação, pelo medo de ir para o inferno, é a vontade de ganhar alguns pontos diante da sociedade e de Deus. Contudo, a alma deles esta abandonada, sem conforto, sem alegria, sem carinho, sem amor.Como alguém pode ser bom sem sentir amor? Como alguém pode dar aos outros o que não tem? É por isso que a violência, a crueldade andam soltas no mundo."

-O advogado de Deus, pág.: 234; Zibia Gasparetto-






Eis uma grande verdade, Como se pode amar aos outros, quando não se tem se quer amor próprio? Como alguém pode amar o outro como a si mesmo, quando não se sabe nem mesmo o verdadeiro sentido dessa palavra?



Há muito as pessoas se deixaram levar pelo pela globalização e seu "capitalismo selvagem". Se prenderam no materialismo e se esqueceram do verdadeiros valores da humanidade, deixando de lado seus princípios, caráter e sentimentos.



"O amor no sentido real da palavra é tão raro quanto a fé entre os homens".

-Roraima Alves-


As pessoa já mal sabem mais distinguir o bem do mal, fazem caridade a fim de reconhecimento da sociedade, doam bens materiais e o seu dinheiro sujo em troca de um elogio. E tudo flui magistralmente, as aparências se mantém, a vida continua e o peso da culpa diminui com o simples ato de caridade. Mas por trás de toda essa maquilhagem o mundo reflete um retrato perturbado, as pessoas se sentem infelizes, sós, fracas. E se julgam abandonadas por Deus, quando na verdade foram elas que abandonaram a Deus e a elas mesmas. E fizeram isso quando renunciaram as seus sonhos, suas almas e aceitaram se tornar peças no tabuleiro dessa sociedade retrógrada e inescrupulosa.



O amor agora é apenas mais uma teoria. E as pessoas não se deixam levar por meras teorias. Preferem a certeza das coisas matérias. As pessoas já não vivem, passam pela vida.



Cada vez mais nos tornamos prisioneiros de uma sociedade violenta e cruel, cada vez mais nos tornamos prisioneiros de nós mesmos, grandes culpados desse declínio, incapazes de reconhecer nossos erros, incapazes de renunciar ao materialismo.



É bem mais fácil ter uma vida fácil e confortável do que ter uma vida justa e digna. É bem mais fácil dar valor ao materialismo do que aos nossos sentimento.



Alegrai-vos então e viveis essa farsa!







(Carlos Rocha)

quarta-feira, 11 de março de 2009

O TEMPO

Ah.. O tempo
Como é magnifico o tempo
Tempo que passa
Que passa
E as vezes parece não passar

Como é gracioso o tempo
Tempo da infância
Tempo da pureza
Tempo de brincar

Meio apressado
Meio engraçado
E as vezes meio devagar

O tempo vai passando

Vai passando
Vai passando sem parar

Nos traz o passado

Nos leva ao futuro
Nos permite sonhar

Concerta os erros
Eterniza os momentos
Nos faz crescer
Nos ensina a amar

O tempo nos dá tempo

Mas as vezes falta tempo
E o tempo não pode parar


O tempo é tudo que temos
Tudo que somos
E tudo que seremos

E o tempo é assim
É a vida
É a morte
É o começo
É o fim

Dê tempo ao tempo
E ele eis de te guiar.

(Carlos Rocha)


sábado, 7 de março de 2009

O Prisioneiro em nós



Um dia li um texto que contava como um treinador de circo conseguia manter um elefante aprisionado. Esse texto contava que o treinador usava um pequeno truque:

Quando o animal ainda é criança,ele amarra uma de suas patas num tronco muito forte. Por mais que tente, o elefantinho não consegue soltar-se. Aos poucos, vai se acostumando com a ideia de que o tronco é mais poderoso que ele. Quando adulto e dono de uma força descomunal,basta colocar uma corda no pé do elefante e amarrá-la num graveto que ele nem tenta libertar-se;
ele se lembra que já tentou muitas vezes e não conseguiu.


Nós somos como os elefantes. Em nossa vida há sempre momentos difíceis e algumas vezes sofremos mais do que poderíamos suportar, são perdas, desilusões, derrotas...
E assim vamos ficando amarrados ao nosso passado, aos nossos sofrimentos, nossas lembranças, assim como elefantes presos nos troncos. E assim, quando no futuro temos a chance de nos libertar fracassamos, na maioria das vezes pelo simples medo de tentar.


E continuamos nosso caminho arrastando o peso insuportável daquele “tronco”.
Como podemos afinal nos livrar dessa prisão?
Por mais que tentemos fugir, por mais distante que possamos ir, por mais escondido seja nosso refugio...
Como podemos esquecer o medo e nos livrar dos fantasmas que nos assombra há tanto tempo?
Talvez devamos começar perdoando. E principalmente nos perdoando!
Talvez devamos dar mais uma chance. E principalmente nos dar mais uma chance!
E talvez devamos simplesmente deixar de fugir.
É... “Talvez!”

Mas o “talvez” não passa de mais uma duvida e continuamos nos subestimando, nos castigando, nos julgando, nos condenando. E continuamos trilhando nossos caminhos íngremes, atordoados pelos fantasmas de nosso passado que insistem em nos assombrar. E afastamos as oportunidades que nos aparece e as pessoas boas que cruzam nosso caminho, as novas chances de nos libertar.
E nos afastamos dos bons sentimentos, do amor, da fé, da esperanaça. E esquecemos quem já fomos um dia.

Perdido entre quantro paredes
Refém de nossa própria alma
Gritando em nosso próprio silêncio
Sem vida
Mas ainda vivos.


Não há mais para onde fugir
Não há mais aonde se esconder
Estamos livres...
Mas a liberdade já não é o bastante!
(Carlos Rocha)

sexta-feira, 6 de março de 2009

PENSAMENTO MUDO


Caminhei por entre ruas escuras
Senti o frio dos Alpes
E o calor dos desertos
Senti a força do amor
E a beleza do amar
Percorri os quatro cantos do mundo
E proclamei os mais belos versos
Em viagens intergalaticas me aventurei
Escorreguei por entre os arco ires
E proclamei me Rei
Ninguém me ouviu.
Escalei o Evereste e gritei bem alto
Me senti triste algumas vezes e chorei
Entre todas as raça
Entre todas as classe
Entre todas as crenças
Eu orei.
Vesti me de palhaço
Num picadeiro me apresentei
Fui criança pra brincar
Fui poeta
Fui um monge
fui um gênio pra falar
fui um sábio pra calar
Quantas vezes me odiei?
Blasfemei!
Ninguém me ouviu.
Tive sonhos obscuros
Tive ideias obscenas
Histórias de cavaleiros eu contei
Em navios piratas embarquei
Contra monstros de moinhos eu lutei
Falei palavrões e gargalhei.
Ouvi as vozes dos Deuses
Falei de Anjos e Demonios
Falei do Céu e do Inferno
E em minha loucura profetizei
Ninguém Me ouviu.
Não!
Ninguém me ouviu
Eu apenas pensei
Pensamento mudo
Foi o que me tornei.
(Carlos Rocha)