segunda-feira, 20 de junho de 2011

Quanto mais eu cresço, menos eu acredito



E ao abrir os olhos me deparei com o caos...
Meu mundo desabou sob meus pés, mas eu ainda estou aqui. Descobri que sou muito mais forte do jamais imaginei... Mas de alguma maneira, isso já não importa... Eu já não tenho medos, mas não tenho mais pelo que lutar, pois as minhas guerras se mostraram inúteis... Quanto mais eu luto, mais eu cresço... E quanto mais eu cresço... Menos eu acredito... E eu cresço... E eu cresço... E menos eu acredito...

A minha fé se mantém intacta... Mas já não sinto necessidade de crê em nada, pois meu mundo desabou sob meus pés, mas eu ainda continuo aqui. Eu apenas aguardo pelo fim!
E quanto mais eu cresço... Menos eu acredito... Menos eu acredito... Menos eu acredito.
Minhas palavras se tornaram obsoletas e meus ideais se reduziram a pó... E quanto mais eu cresço, menos eu acredito... E menos eu acredito...

A minha mente confusa e entorpecida pela vida se tornou um buraco negro a tragar todo meu intelecto. Meu coração vai parando lentamente, enquanto minha alma se perde pelo infinito sombrio. A vida se tornara uma festa, um parque de diversão, vulgar e hipócrita! E menos eu acredito... E menos eu acredito... E menos eu acredito...
     
(Carlos Rocha)



terça-feira, 14 de junho de 2011

Oração do perdão


– Eu me liberto do ódio por meio do perdão e do amor.
Entendo que o sofrimento, quando não pode ser evitado, está aqui para me fazer
avançar em direção à glória.

– As lágrimas que me fizeram verter, eu perdôo.
As dores e as decepções, eu perdôo.
As traições e mentiras, eu perdôo.
As calúnias e as intrigas, eu perdôo.
O ódio e a perseguição, eu perdôo.
Os golpes que me feriram, eu perdôo.
Os sonhos destruídos, eu perdôo.
As esperanças mortas, eu perdôo.
O desamor e o ciúme, eu perdôo.
A indiferença e a má vontade, eu perdôo.
A injustiça em nome da justiça, eu perdôo.
A cólera e os maus-tratos, eu perdôo.
A negligência e o esquecimento, eu perdôo.
O mundo, com todo o seu mal, eu perdôo.

– Eu perdôo também a mim mesmo. Que os infortúnios do
passado não sejam mais um peso em meu coração. No lugar da mágoa e do
ressentimento, coloco a compreensão e o entendimento. No lugar da revolta,
coloco a música. No lugar da dor, coloco o esquecimento. No lugar da vingança,
coloco a vitória.

Serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor,
De doar mesmo que despossuído de tudo,
De trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos os impedimentos,
De estender a mão ainda que em mais completa solidão e abandono,
De secar lágrimas ainda que aos prantos,
De acreditar mesmo que desacreditado.

– Assim seja. Assim será. 

(O Aleph - Paulo Coelho)

Hill's Dream



Enquanto a brisa tocava o seu rosto, no alto da colina, ele se lembrava daquelas longas tardes de verão, que por algum motivo, agora, pareciam tão distante.

A vista, do alto da colina, se estendia por longos pastos verdes até se encontrarem com gigantescas montanhas de cumes congelados...  A brisa gelada que vinha do sul e trazia junto, um aroma perfumado de flores, dos campos mais distantes. O céu era cinzento e poucos raios de sol se faziam notar por entre as nuvens carregadas. E se prestasse bastante a atenção, poderia se ouvir o barulho da correnteza das águas de um rio que corria em algum lugar, entre os pastos abaixo...

De alguma maneira, aquilo acalmava seu coração... De alguma forma aquilo lhe aquietava o espírito. Ele estava só, mas isso já não importava, pois, sabia que, logo estaria em casa.

As pessoas, os lugares, as músicas, os sonhos... De alguma maneira, tudo aquilo fora deixado para trás e, agora, fazia parte apenas de suas lembranças.

“Nada mais será como antigamente!” – pensava, enquanto observava uma ave, planado distante.

Ele estava certo, nada, jamais seria como foi um dia... Seu mundo agora não passava de estilhaços de um gigantesco espelho, que refletia apenas um passado distante. Era preciso um novo começo em Hill's Dream... 

(Cralos Rocha)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Realidade mórbida


E veio a Vida e me arrancou bruscamente de meus sonhos, derrubou os meus castelos e destruiu o meu mundo... E toda fé e toda força que habitou um dia o meu espírito, foi reduzida a um infinito NADA!

As palavras que agora profiro ao vento, nunca foram ditas com tanta veracidade. E eis que em meus olhos úmidos já não mais resplandece nenhum traço de felicidade. Restaram-me apenas sombras negras do passado e um extremo vazio que me devoram lentamente...

Como monstros em pesadelos infantis, vêem a mim os ensinamentos Divinos, aos quais, me recuso intimamente em seguir e acreditar. Sendo eu o que sou hoje, mas, não mais, o que fui um dia.

Na mais sublime escuridão em que me encontro, na mais absoluta “Divina decadência”, Eu vou vivendo, ou apenas sobrevivendo, entre toda essa patética e utópica realidade em que me encontro... Uma realidade mórbida... Divinamente mórbida.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Nada mais importa


Nada mais importa, senão a inútil sabedoria ancestral que nos guia do nada a lugar nenhum...
Nada mais importa, senão a certeza mais incerta que nos persegue ano após ano e nos prova que não há prova alguma...
Nada mais importa, senão os sonhos que sonhamos e, que não passam de sonhos e nada mais...
Nada mais importa, senão a realidade tão surreal a que vivemos, sofremos, sofremos e morremos...
Nada mais importa, senão a insuperável força do amor... Que não é tão insuperável como imaginamos ser...
Nada mais importa, senão a fé q nos faz prosseguir sempre em frente, mesmo quando não há mais caminho algum a prosseguir...
Nada mais importa, senão a dádiva da vida, que talvez nem seja uma dádiva assim...
Nada mais importa, senão... Nada... Nada mais importa!

(Carlos Rocha)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

AO X-TREMO...


Os fatos, as curiosidades, a História, o mundo... Tudo AO X-TREMO!!!
Meu novo Blog... Sigam aí galera... Pra começar bem... Inaugurando o blog com um pouco de ocultismo, através da Biografia de "Aleister Crowley - O Mago de Mil Faces", Conhecido também como "O homem mais perverso do mundo."



quarta-feira, 1 de junho de 2011

Que assim seja...


E passará os anos por entre os dedos do tempo, como água que escorre rio a baixo...
E seremos apenas uma vaga lembrança de uma noite de luar, que se perde... E se perde... E se perde... Nas entrelinhas da vida.

E chegará o dia em que nos deitaremos ao relento, observando estrelas, com a ínfima sensação de que algo foi perdido na imensidão do infinito. E apertará o nosso coração, nesses momentos em uma angustia latejante que nos deixará sem fôlego por alguns instantes... Mas já teremos nos esquecido de que uma vez, naquele céu que agora vemos apenas estrelas, houve também uma lua.



(Carlos Rocha)