terça-feira, 22 de dezembro de 2009

MEU MAUSOLÉU



 As minhas certezas se perderam todas nas entrelinhas do tempo... Ficaram apenas as dúvidas que nos corrompe. Tive vontade de chorar, mas não chorei, tive vontade de gritar, mas não gritei, tive a fúria nos olhos e dor no peito, mas me calei. Permiti-me ser tocado pelo mais profundo silêncio e me encontrei no mais vazio dos sentimentos. Fui devorado pela mais cruel escuridão e destruído pelo vendaval da desilusão.


Dos sonhos que sonhei, dos planos que criei, dos mundos que conquistei... Restaram apenas lembraças, bucaracos vazios, lagrimas de criança. Vivendo sem viver, sentindo o meu chão ceder, o céu escurecer, perdido... Completamente perdido... Sepultado vivo... Destino cruel, devorado pela vida, escrevi epístolas em meu mausoléu.

(Carlos Rocha)


2 comentários:

  1. Tudo isso é na primeira pessoa? Soa-me tão familiar tudo quanto aqui li...os mesmos sentimentos os mesmo autores...

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  2. Sim, tudo na primeira pessoa, Mas, muitas vezes em nossas vidas temos que ser como fênix, a ave mitologica que renasce das cinzas... Temos que renascer, nos erguer e deixar para trás o nosso mausoléu e, tudo mais que foi sepultado conosco.

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