domingo, 2 de agosto de 2015

Morte eminente


Há algum tempo, descobri que estava morrendo. Sim, estou morrendo lentamente. Perdendo aos poucos o sopro que me resta de vida... Não se trata de nenhuma doença terminal, ou algum mal sem cura. Não tenho nenhum ferimento grave, nem sofri nenhum acidente fatal... É o ar que respiro, a comida que como, a água que bebo. São os dias que passam, esse "tempo", incansável, que me marca o corpo, a cara e a alma. Estou sendo consumido aos poucos pela própria vida. Venho morrendo um dia de cada vez... A cada minuto, a cada segundo, a cada suspiro. Descobri que "a vida" é a maior causa da morte! Estou morrendo... E por isso vivo! Acredito que quando todos, assim como eu, descobrirem o quanto a morte é eminente, talvez vivam mais do que planejem. A existência é dada a todos; a VIDA, só àqueles que percebem o quanto ela é breve.


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