terça-feira, 14 de junho de 2011

Hill's Dream



Enquanto a brisa tocava o seu rosto, no alto da colina, ele se lembrava daquelas longas tardes de verão, que por algum motivo, agora, pareciam tão distante.

A vista, do alto da colina, se estendia por longos pastos verdes até se encontrarem com gigantescas montanhas de cumes congelados...  A brisa gelada que vinha do sul e trazia junto, um aroma perfumado de flores, dos campos mais distantes. O céu era cinzento e poucos raios de sol se faziam notar por entre as nuvens carregadas. E se prestasse bastante a atenção, poderia se ouvir o barulho da correnteza das águas de um rio que corria em algum lugar, entre os pastos abaixo...

De alguma maneira, aquilo acalmava seu coração... De alguma forma aquilo lhe aquietava o espírito. Ele estava só, mas isso já não importava, pois, sabia que, logo estaria em casa.

As pessoas, os lugares, as músicas, os sonhos... De alguma maneira, tudo aquilo fora deixado para trás e, agora, fazia parte apenas de suas lembranças.

“Nada mais será como antigamente!” – pensava, enquanto observava uma ave, planado distante.

Ele estava certo, nada, jamais seria como foi um dia... Seu mundo agora não passava de estilhaços de um gigantesco espelho, que refletia apenas um passado distante. Era preciso um novo começo em Hill's Dream... 

(Cralos Rocha)

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