quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

SEPULTADO VIVO



Nas batidas frenéticas de meu coração
Ouço respingos de lágrimas no ar
Ouço murmúrios da multidão
Eu ouço a música tocar

Ouço choros
Ouço gritos
Eu sinto os passos no chão
Enquanto os vermes vagarosamente invadem meu caixão

A terra explode como um trovão
Cai como chuva
Na tampa de meu caixão

Momentos intermináveis de dor
Medo
Angustia
E pavor

Sozinho na escuridão surreal
Debaixo de sete palmos
Sob uma pedra fria que diz:
Aqui jaz Fulano de Tal

(Carlos Rocha)

Nenhum comentário:

Postar um comentário