quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

“SER HUMANO”



Se eu pudesse me ver no estado deprimente que estou
Eu diria que sou o que fiz
Mas não quis o que sou

Pois seria vergonhoso para qualquer ser
Em estado deplorável do viver
Admitir o que se é
Principalmente quando não se quer ser

Eu sou mais forte do que se possa imaginar
Tenho mais coragem do que se possa acreditar
Mas sinceramente:
Não tenho a mínima vontade de lutar!

Não me dei por vencido
Mas não me importo em perder
Essa guerra não é minha
Ou ao menos não deveria ser

Se meu reflexo no espelho eu pudesse ver
Eu no mínimo diria:
Você não sou eu e Eu não sou você!

Pois me envergonho de ser
“HUMANO”
E é lamentável dizer

De toda espécie da terra
De toda raça na relva
É a única que não sabe viver

No topo da cadeia alimentar
Na decadência crônica do que se diz “amar”
Se mata todo dia
Sem querer se matar

Ah, se eu pudesse me ver no estado deprimente que estou...
“SER HUMANO”
É triste aceitar
Mas é o que sou!

(Carlos Rocha)

Um comentário:

  1. Foi meio que um desabafo. Desses que causam alívio depois de "vomitados". Gosto de como escreve e se descreve, és verdadeiro.

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